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Um dia faço um blog

Praxe ou anti-praxe?

Sei que este assunto já foi debatido até às entranhas mas, ainda assim, deixo aqui a minha opinião.

Sou universitária. Fui praxada. Se gostei? Sinceramente algumas coisas sim, outras nem por isso. Sem dúvida que é um excelente método de meter o pessoal a beber cerveja barata e conhecer os próximos companheiros de saídas marranço. Não me arrependo de ter aderido à praxe no primeiro ano, apesar de não concordar com certas coisas que não vi qualquer utilidade.

Depois, quando passei para o 2º ano, havia chegado a fase de praxista. Achava que ia ser o máximo, um delírio.Agora sim, iria viver o espírito académico. 

Mas não foi. Foi uma desilusão. Talvez não tenha perfil para mandar, ou simplesmente não me consigo integrar neste tipo de práticas. Que moral tinha eu para mandar alguém fazer flexões se eu própria tinha o ginásio pago e nunca lá punha os pés? Que legitimidade tinha eu de dizer a alguém para olhar apenas para o chão, correndo o risco de bater com a cabeça num poste ou algo que valha? Como é que eu podia encher o cabelo de um caloiro com ovos, farinha , maionese e outras coisas que tais se sei o quanto custa tirar aquela nhanha da cabeça? Meus senhores, o shampoo ainda é caro..

Não me senti bem na pele de praxista e larguei este mundo onde acho que nunca cheguei a conseguir integrar-me.

Agora, se concordo com as praxes? Claro que concordo. Sabem porquê? Porque na universidade todos são crescidos e adultos para tomar as suas próprias decisões (ou pelo menos deveriam ser). 

Eu tomei a minha decisão ao sair , mas não condeno quem vive aquele mundo. Antes pelo contrário.

Notem: somos pessoas diferentes. É normal existirem perspectivas diferentes, e ainda bem.

Sempre ouvi dizer: Nós fazemos as nossas escolhas, e as nossas escolhas fazem aquilo que somos.

 

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