Afinal qualquer pessoa pode receber dinheiro com um blog?
Como alguns de vós devem saber, este blog é muito recente. Ainda não tem quatro meses e foi criado apenas por um motivo: adoro escrever e gosto de partilhar o que escrevo.
Ultimamente muito se tem falado da mais recente reportagem da sic que fala de bloggers que ganham dinheiro com os seus blogues.
Antes de mais nada, convido-vos a assistir:
Antes de me debruçar no meu caso específico, que em nada é comparável com os blogues destas pessoas, quero deixar aqui alguns pontos importantes.
É interessante reparar que dois dos três bloggers apresentados são figuras públicas. Julgo que é natural que as figuras públicas tenham mais visibilidade e talvez daí se justifique o nível de visualizações dos blogues em questão. Se têm qualidade? Talvez. Agora, se fossem anónimos será que tinham metade dos seguidores que têm? Acredito que não. Este ponto é essencial para perceber o valor de blogues de pessoas anónimas que, tal como eu, têm os seus leitores por mérito próprio.
Depois: como é possível chamarem blogger à Vanessa Martins? Então a rapariga diz que basicamente não escreve uma vírgula do que aparece no seu espaço virtual. Ou seja, tem uma equipa que lhe faz tudo e mais alguma coisa. Nesse caso, não se tratará de um blogue. Trata-se sim de uma empresa de publicidade. Trata-se de um espaço com um objetivo específico: fazer dinheiro.
Eis que chegámos à parte que mais se discute: é mesmo possível fazer dinheiro com o blogue?
Sim, é.
Vou falar do meu caso específico porque é o único que conheço em detalhe.
Como disse em cima, o meu principal objetivo com este blog é simplesmente a partilha de ideias, de gostos, de pensamentos e de modos de pensar. Aqui falo do que gosto, do que faço e do que sou. Se falar em números, no que diz respeito a visitas, conto com cerca de 210 mil visitas desde a data que instalei o contador. Se é muito? Provavelmente não. No entanto, como podem as visitas contribuir para que EU faça dinheiro com o blog?
É aqui que entra a publicidade. Mas não a publicidade que gera 200 euros para ser feito um post a falar de como adorei aquele shampoo para cabelos secos (mesmo eu tendo um cabelo oleoso) ou de como foi maravilhoso aquele brunch naquele hotel xpto em que só estive cinco minutos para tirar as fotografias. Esta publicidade qualquer um de vós, desde que tenha um blog, pode fazer render.
Na barra lateral do meu blog (bem como em muito outros) aparece anúncios publicitários. Esses anúncios são pagos pelo google. É uma funcionalidade da empresa google que permite que alojem publicidade. Por cada clique que é feito no bloco publicitário, recebem determinado valor. Esta é uma explicação muito geral mas é basicamente para entenderem que qualquer pessoa pode receber por publicidade. Mas desenganem-se se pensam que vão ficar milionários. Não se recebe rios de dinheiro com isto, podem tirar o cavalinho da chuva. No entanto pode ser bom para receber alguns trocos extra ao final do mês. Se estiverem interessados, deixem um comentário a demonstrar esse interesse, que eu posso explicar-vos mais em detalhe como isto funciona e preparar um post apenas sobre o assunto.
Mais uma questão, relativa ao meu caso em particular: já fui paga por marcas para divulgar os seus produtos, verdade. Mas nunca, em caso algum, coloco a possibilidade de ser paga para divulgar um produto que não gosto, não experimentei ou que não aconselho aos meus seguidores. Acho que, acima de tudo, é importante ter respeito por quem nos lê. Sejamos lidos por apenas duas ou três pessoas ou por milhares.
Resumindo: se querem ter um blogue façam-no porque gostam de escrever! Façam um blog porque a escrita faz parte da vossa vida, tal como faz parte da minha. Façam um blog porque vos acrescenta conhecimento, porque gostam de partilhar, porque gostam de ler o que os outros escrevem, porque gostam de reclamar da vida, porque querem agradecer os vossos dias e, acima de tudo, porque têm algo a dizer. Se o blog crescer e mais tarde ganharem bom dinheiro, melhor ainda! Mas o vosso objetivo primordial não pode ser esse. Ou pelo menos não deve ser.