Eu quero as minhas botas de volta!!!!
Sabem aquele par de sapatos ou botas que têm no armário e se recusam a desfazer?
Bom, eu tenho umas botas dessas. São pretas, de cano baixo, não são assim nadaaaa de outro mundo mas adoro-as! Adoro-as porque são super confortáveis, porque ficam bem com quase tudo e porque já as tenho há algum tempo.
Verdade seja dita, estão um pouco velhinhas mas sempre fui fazendo a manutenção para que não se estraguem por completo.
Ora, recentemente descolaram-se na sola. Andaram assim um belo par de meses, colocadas a um canto, sem serem usadas e esperando por arranjo.
Ontem decidi ir ao sapateiro para as arranjar.
Quando lá cheguei, fui atendida por uma senhora, alto dos seus 50 anos, antipática que dói.
Eu: Bom dia. Gostaria de arranjar estas botas.
Senhora antipática: Oh menina isso mais vale comprar umas novas, vai estar a gastar dinheiro para colar a sola? Mais vale ir ali à sapataria e comprar umas.
Eu: Mas não dá para arranjar, é isso?
Senhora antipática: Dá. Mas não vale a pena.
Eu: Não vale a pena? Então porquê? É porque o arranjo nao vai durar muito, é isso?
Senhora antipática: Sim, dura.
Eu: Então qual é o problema?
Senhora antipática: Mas quer mesmo arranjar isso?
Eu: Errrr...sim. Caso contrário não estaria aqui. Não as pode arranjar?
Senhora antipática: Poder posso. Mas se fosse a si não as arranjaria.
Eu: Mas eu vou arranjá-las, se não for aqui será noutro sítio.
Senhora antipática: A menina está a ser burra, mas você é que sabe.
Eu: Ok, nesse caso a que horas posso passar cá para buscá-las?
Senhora antipática: Isso daqui a pouco, lá para a hora de almoço, já está pronto. Tem é que pagar já.
Como não tive tempo à hora de almoço passei por lá ao final da tarde. Pensei que certamente teria as minhas botas prontas e arranjadas.
Chegada ao sapateiro, a senhora antipática já não estava. Estava agora um senhor. Arrongante que só ele.
Eu: Boa tarde. Venho buscar as minhas botas.
Senhor arrogante, certamente companheiro de cama da senhora antipática: Quais botas?
Eu: Umas botas pretas, com umas fivelas de lado. Deixei-as cá para colar a sola, e a senhora disse que à hora de almoço já estariam prontas.
Ele: Estas?
Eu: Sim, essas mesmo! Porque é que ainda estão descoladas?
Ele:Que pergunta estúpida! Porque ainda não as arranjámos.
Eu: Pois, mas a senhora que estava aqui antes disse-me que à hora de almoço já estariam prontas.
Ele:Pois mas como pode ver não estão.
Eu: E agora?
Ele: Passe cá amanhã, pode ser que tenha sorte.
Passei no dia seguinte. Ainda não estão prontas. Disse-lhe que queria as minhas botas de volta, que ia a outro lado. Ele disse-me que se me devolver as botas que não me devolve o dinheiro.
Óh sorte marreca.