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Um dia faço um blog

Testemunhas de Jeová e as balelas do mundo religioso.

Já há algum tempo que gostava de escrever sobre este assunto e hoje achei que seria o dia ideal. Isto porquê? Ora, vinha eu descansadinha da minha vida e com a pressa do costume para chegar a casa, trocar os meus sapatos pelas minhas pantufas cor-de-rosa, vestir o meu pijama quentinho e relaxar enquanto o gato me aquece os pés, quando sou abordada por duas testemunhas de Jeová.

 

Não estava propriamente bem disposta mas, ainda assim, fui cordial com as senhoras que se esforçaram por me explicar o porquê de me estarem a entregar esta revista:

BeFunky_jeova.jpg.jpg

 

Lá tentei explicar-lhes que tenho uma maneira muito diferente de encarar este tipo de assuntos. No entanto insistiram para ler a revista e eu acedi.

Confesso que  tive vontade de, mal as perdesse de vista, mandar a revista para o lixo. Mas não. Levei-a para casa e li. Li mesmo. Com atenção. Obviamente que não fiquei minimamente convencida, achei os argumentos fracos e alguns mesmo sem lógica.

Há uns tempos era incomodada (sim, é mesmo essa a palavra) por estas pessoas diariamente. Iam a minha casa todos os dias apregoar as suas teorias. Sempre fui relativamente paciente, até porque não gosto de ser rude com ninguém, mas não sendo eu uma pessoa propriamente religiosa, a dada altura pedi às senhoras que deixassem de aparecer. Muito indignadas responderam-me que não, que iriam continuar a aparecer para me fazer ver o caminho (e para me atazanar a cabeça). Não gostando da insistência exagerada deixei de lhes abrir a porta e consequentemente de ouvir o que tinham a dizer.

 

Sou baptizada. Nunca andei na catequese mas tive educação moral e religiosa no quinto e no sexto anos.

Nunca fui à missa (sim, isto é mesmo verdade). Bom, na verdade cada vez que entro na igreja é em casamentos e baptizados. E como agora ninguém se casa nem baptiza os putos, já não meto lá os pés há um par de anos. Aliás, mentira. Há uns meses fui visitar uma igreja, aqui  perto de minha casa. Dizem que a igreja é um local onde podemos encontrar paz e tranquilidade e, talvez já como último recurso e com uma certa curiosidade, decidi ir lá. 

 

Entrei e percorri a igreja até à última fileira de bancos. Sempre achei a igreja um local frio, escuro e desconfortável. Muito dado à tristeza e a coisas sérias. Porém sentei-me e permaneci em silêncio. Esperei pela paz, pela tranquilidade e nada..obviamente. Talvez tenha sido pelo facto de não conseguir tirar da cabeça que, a cada metro que avançava, lá estava a caixinha a pedir € em nome de Deus. Óh senhores, a igreja católica é tão boa a convencer o pessoal a despachar dinheiro em nome de Deus.

 

Não vou dizer que não tenho fé. Porque tenho, e muita. Sei que a fé em Deus é muitas vezes aquilo que mantém as pessoas com esperança, firmes e hirtas, e talvez em paz. Não vou dizer que não acredito em Deus. Acredito sim numa energia poderosa, muito poderosa e que é responsável pelas mais variadas leis naturais do universo. Acredito que somos energia, que somos força e que há algo, seja o que for, que é responsável por isso. Se querem chamar-lhe de Deus, muito bem, que seja.

 

Sei que a igreja católica por exemplo, bem como muitas outras, apregoam parte da sua crença com objetivos secundários que não os religiosos. Muitos acham chocante mas acredito piamente que parte da igreja católica está munida de interesses, muitos eles monetários obviamente, e que fazem as suas regras consoante os seus interesses.

 

É por isso que não sigo nenhuma religião em particular. Tenho os meus próprios valores e é por eles que me sigo. Considero-me uma pessoa que não cai facilmente nas balelas que li, por exemplo, na revista que as senhoras Jeovás me entregaram. Também, verdade seja dita, não é assim tão fácil levar a sério premissas que comparam Satanás ao monóxido de carbono (??).

Tenho as minhas próprias crenças e as minhas próprias ideias. Não me rejo pela bíblia e vivo a minha vida sem rezar 10 Avés Marias cada vez que cometo um pecado. Só eu posso definir o que é um pecado. Acho que cada indivíduo, cada alma, cada consciência, cada energia individual, pode definir para si próprio o que é certo é errado.

É nisso que acredito. Que as forças do universo existem, seja lá sob que forma for, e que cada pessoa está neste mundo com um propósito.

 

Aceito todas as crenças e respeito-as acima de tudo. Sei que um dia poderei mudar a minha forma de encarar este mundo.

Um dia contar-vos-ei mais acerca das minhas convicções.

 

 

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